O atelier da designer Lígia Casanova decorou esta casa, entre o mar e a vila de Cascais, atendendo ao estilo de vida dos seus clientes, um casal que privilegia uma atmosfera depurada, em linha com o estilo escandinavo.
Fotografia: Bruno Barbosa
O T3, um duplex de construção recente, tem a seu favor a dimensão, uns 400m2, e logo a seguir as boas entradas de luz natural. Os dois fatores permitiram que o atelier de Lígia Casanova pudesse colocar em prática as demandas dos seus proprietários, sem contudo intervir ao nível do chão, de madeira escura, e nas paredes, brancas.
Tão pouco o layout da casa sofreu alterações. Dividida em três pisos, um deles abaixo do solo, onde se alojam garagem, lavandaria e quarto de visitas, a casa está decorada segundo o princípio de ‘menos é mais’. 
Foram privilegiadas as cores neutras, com algumas pinceladas de azuis, amarelo, cinzas violeta, aqui e ali, bem como texturas e materiais aconchegantes, expresso nas mantas de lã e algodão, para aportar cor e energia aos ambientes.
O aglomerado familiar inclui duas filhas adolescentes, por isso era igualmente importante dotar os seus espaços de peças que combinassem com as suas idades e exigências.
“Neste projeto houve necessidade de atender aos gostos dos clientes em tempo recorde (risos) e coordenar a decoração com aquele chão escuro, daí também a utilização de tons claros e de uma decoração com peças de mobiliário e acessórios que os fizessem sentir-se, acima de tudo, muito confortáveis”, refere Lígia Casanova.
Conforto, iluminação acolhedora e personalizada às necessidades destes clientes foram assim as principais premissas. “O casal gosta muito de se rodear de amigos e família, e como tal era importante equipar a casa de modo a que estes momentos de convívio proporcionassem o máximo de conforto”, salienta.
Ao nível do piso térreo, ficam a sala de estar e de jantar, o escritório, a cozinha e um lavado social; no piso de cima, ao qual se acede pela escada com guarda em vidro, a partir do living, ficam as três suítes. Em comum, todos os ambientes partilham o lema do atelier, “make room for happiness”, e a harmonia cromática. Tal permite que as áreas pareçam ainda maior, e esta fluidez acaba por ser, também ela, um fator de tranquilidade. Considerando a existência de um jardim, a sensação de espaço é ainda mais prolongada.
“Posso considerar que este foi um projeto fácil, e muito divertido, porque de certa forma recordou-me os meus tempos de publicidade e direção de arte para cinema, em que tudo era para ontem (risos); costumo dizer que o stress é como o colesterol, existe o bom e o mau e eu adoro o bom stress, o lançarem-me desafios”, pontua.
