Por a 21 Junho 2018
Terminado em 2017, o apartamento foi projetado pelo arquiteto brasileiro Luciano Dalla Marta, e tira partido da sua dimensão, uns generosos 600m2, alvo de uma reforma e consequente melhor distribuição das áreas.

Projeto de arquitetura: Luciano Dalla Marta / Fotografia Gui Morelli / Produção: Nuria Ulliana

O que chamou a atenção do proprietário deste apartamento de 600m2 no Itaim, bairro de classe alta em São Paulo (Brasil) foi a invejável flexibilidade que o espaço tinha para atender a todas as suas necessidades.
“O nosso desafio consistiu em criar um ambiente masculino, aconchegante tanto quanto o desejável e que pudesse explorar ao máximo todas as áreas sociais”, explica o aquiteto.IMG_3784

“Criar espaços para organizar encontros e receber os amigos era uma prioridade do nosso cliente”.

Partindo destas premissas, deu-se início a uma reforma que redistribuiu os ambientes, dando origem a espaços mais amplos, integrados e com funções bem definidas.
No pavimento inferior a prioridade foi para a zona de living, um bar mais intimista e uma grande sala de refeições.IMG_3699Inicialmente, o vestíbulo estava equipado com muitas portas de distribuição, e por isso algumas foram eliminadas criando-se um grande painel em ébano que engloba todas estas passagens. Este painel mais escuro é equilibrado com o piso mais claro em Limestone cinza. Nos demais espaços o tom predominante é o azul marinho, presente nas paredes e em alguns revestimentos, imprimindo personalidade ao conjunto. Destaque para o quadro da artista Janaina Mello Landini (Zipper Galeria).

IMG_3739“Nas demais áreas sociais utilizamos réguas de sucupira ebanizada”, uma madeira exótica, que imprime elegância e algum calor ao ambiente. Para demarcar de forma subtil a passagem do living, com pé direito duplo, para o bar e para a sala de jantar, o arquiteto recorreu a pórticos, igualmente em ébano, prosseguindo a mesma linguagem do vestíbulo.

No living o ponto focal é o tapete geométrico com desenho do atelier e executado pela Avanti tapetes.
O mobiliário, de uma forma geral, tem linhas simples, cores sóbrias, com destaque para o veludo cor de vinho das poltronas da Artefacto.

IMG_3820Logo na entrada temos o banco em pau ferro e bronze da Vermeil. Estão presentes também peças vintage garimpadas na Loja Téo, como a mesa redonda de Giuseppe Scapinelli e a luminária de mesa em Murano de Carlo Nason. A combinação harmoniosa e inteligente de objetos inclui artistas brasileiros como Carol Gay ou Sônia Mena Barreto.IMG_3731O espaço do bar é composto por duas grandes bancadas de mármore gris Armani, além de marcenaria que abriga as adegas e cristais. O espelho de fundo imprime profundidade ao espaço e as poltronas do Sérgio Rodrigues trazem conforto.

Na sala de jantar o pano de fundo são as gravuras de Debret, compradas em leilão pelo proprietário. Um único elemento central funciona como mesa de jantar e aparador dando flexibilidade ao uso do espaço. “Para deixar o ambiente mais simples, mas ainda assim elegante, optamos por um ‘plafon’ Dominici, rente ao forro, também da Loja Téo”, elucida.IMG_3661 IMG_3657No pavimento superior, dois dormitórios foram unidos para criar uma ampla suíte que também recebeu o piso ebanizado em sucupira. Para aquecer o ambiente foram utilizados painéis em nogueira americana e laca cinza. Peças vintage como os abajures da década de 70 conversam com os desenhos em seda japoneses trazidos de viagem pelo proprietário.IMG_3506Destaque nesta apartamento para o mezanino, a sala de TV onde as cores azuis e cinza estão presentes nas paredes, tapetes, chaises e almofadas. Optou-se por deixar o espaço dividido apenas com um guarda-corpo para que este pudesse integrar-se na parte social.
IMG_3889O resultado da casa é uma decoração diferente, de certa forma ousada e que mistura peças importantes adquiridas pelo proprietário com diversos objetos pessoais e lembranças de viagens.

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