Pinceladas de cor, a par com peças de família, antiguidades e obras de arte oferecem uma perspectiva refrescante desta casa junto ao mar.
Fotografia: José Manuel Ferrão /Texto: IF
A construção, original dos anos 1960, nem sempre foi assim. Ao longo dos anos foram feitos trabalhos de melhoramento, algumas renovações, aqui e ali, que a dotaram de outro conforto e de uma atmosfera luminosa. As cores claras, como cor base, imperam, nas paredes e chão, com exceção de algumas áreas onde o papel de parede – caso do lavado social – ou a pedra ornamentada foram eleitos para vestir as superfícies.
Tão pouco a decoração se manteve inalterada. Houve, naturalmente, adições ao mobiliário e peças existentes, nalguns casos substituições, reflexo do crescimento da família que desde sempre a habita, das suas próprias histórias e vivências.
Em todo o caso, o convívio das peças, sejam obras de arte ou mobiliário antigo, que hoje integram o espaço contribuem para uma harmonia, dentro de um contexto clássico / contemporâneo que, diríamos, faz justiça a este edifício que beneficia da sua localização, sossegada, junto ao mar, dotado de um jardim.
A casa tem 6 quartos, 4 casas de banho, uma cozinha, uma copa e despensa, uma sala de estar e a casa de jantar. No seu todo, amplas quanto baste e com boa dose de luz natural.
O pequeno jardim com piscina é um reduto de paz e o facto de desde a sala podermos vislumbrá-lo, através das grandes vidraças de acesso à mancha de verde, remete-nos ainda mais para um contexto de refúgio ou, como tanto sentem os que vivem na linha do Estoril, de férias. Não o sendo, esta casa está longe do bulício da cidade e tem tudo para proporcionar muitos, e agradáveis, momentos de convívio entre a família e os seus convidados.“Nos dias bons e quentes”, diz-nos a sua proprietária, “aproveita-se o ambiente exterior e nos dias frios, a sala, equipada com lareira, passa a ser o lugar eleito para se estar sem pressa”. Pela sua localização, esta casa proporciona ainda a todos umas boas caminhadas.
Cores neutras, beije, cinzento e branco, com apontamentos de cor como o azul o laranja e o preto, dominam os interiores. Nos quartos encontramos outras nuances e misturam-se texturas e padrões sem conflito, fruto do gosto dos proprietários.Ao longo da nossa visita, encontramos peças de arte e outras, contemporâneas, algumas herdadas, outras adquiridas pelos proprietários, e tudo, de um modo geral, está escolhido, disposto e organizado sob a orientação da designer de interiores Marta Lucena, “pelo seu bom gosto e boas ideias”.
Aqui, a sensação de paz e tranquilidade sublinham “a qualidade de vida, o facto de estarmos relativamente perto de tudo”. Não pediríamos mais, apenas, como nos diz a proprietária, “continuar a melhorar e beneficiar esta casa com história”.