Por a 25 Abril 2019

Slow Motion mostra como Aldo Bakker materializa a eterna busca pelo objeto perfeito através de peças que se disfarçam de equilibristas, hesitantes entre mover-se, ficar estáticas e quase desabar.

Imagens cedidas

Inagura amanhã dia 26 de Abril (2019), na Carpenters Workshop Gallery de Nova Iorque, a exposição ‘Slow Motion’ – uma mostra individual do artista holandês Aldo Bakker. Slow Motion integra 10 novos trabalhos nunca antes exibidos. As peças incluem bancos, mesas e vasos e a sua materialidade abrange pedra, metal e Urushi – um processo de laca japonesa.

A Slow Motion é a primeira exposição de Bakker com a Carpenters Workshop Gallery desde que entrou para a lista da galeria em 2018. Diz o co-fundador da galeria, Loic Le Gaillard: “Poderoso, elegante e cheio de personalidade, o mobiliário de Aldo traz uma nova perspectiva, nunca vista no espaço do design. Estas qualidades, juntamente com o seu impacto no mundo do design, tornam impossível não querer representá-lo ”.

Apesar da sua aparência singular, as obras de Aldo Bakker parecem nunca revelar-se facilmente. Mesmo a sugestão de similaridade entre as peças é apenas o resultado de uma primeira observação superficial. Ao desacelerar o processo de “ver”, Aldo Bakker obriga-nos a olhar duas vezes e de novo duas vezes. Só então, as diferentes criações começam a falar.

As peças não tentam alcançar as massas, mas sim abordar o indivíduo. O que parece uma mesa fala sobre o que uma mesa poderia ser, mas também reflete sobre a coreografia da verticalidade versus a horizontal.

O equilíbrio que cria é tão cativante quanto uma corda bamba entre dois arranha-céus. Um ato de equilíbrio.

 


Slow Motion mostra como Aldo Bakker materializa a eterna busca pelo objeto perfeito através de objetos que se disfarçam de equilibristas… equilibrando-se entre mover-se, ficar parado e quase desabar. Ao posicionar os seus trabalhos como personagens individuais, Bakker força o público a mudar sua percepção sobre os mesmos.

Já não estamos a ver um objeto inanimado, em que projetamos o nosso conhecimento de estilo, forma ou valor material. Em vez disso, estas ‘criaturas’ convidam a conversar sobre o seu comportamento, as suas incertezas, as suas crenças e sua língua nativa. Não os abordamos como compradores ou mesmo como historiadores da arte, tornamo-nos seus companheiros de viagem, questionando-nos tanto quanto nos questionam.

 

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