Na sua próxima viagem, escolha bem o lugar onde vai dormir porque hoje um hotel de cidade é muito mais do que uma cama e um duche quente. É ponto de encontro, é festa e é cultura. Selecionámos os nossos 5 favoritos, para um outono vibrante.
Por Mafalda Galamas e Isabel Figueiredo
Walper, Silicon Valley North, Canadá
O Walper Hotel, desenhado em colaboração com Jill Greaves Design e Dialogue 38, recebeu recentemente o seu 6º prémio – uma Menção Honrosa na categoria ‘Design Comercial’ no âmbito do Prémio Ceramics of Italy Tile.
O histórico Walper Hotel em Silicon Valley North, no Canadá, é o novo ponto de encontro entre a crescente comunidade tecnológica de Kitchener Waterloo. Com os escritórios recém-inaugurados da Yahoo, Google e outros grandes players de tecnologia, bem como a RIM de Waterloo e o Perimeter Institute, esta área, localizada a uma hora de Toronto, prova ser uma das comunidades que mais cresce no país.
O Walper Hotel desempenhou um papel fundamental no cenário social e cultural da cidade desde a sua abertura, em 1893. Designado como um marco histórico, a lista de famosos que já ficaram no hotel inclui muitos primeiros ministros, incluindo Pierre Trudeau, Eleanor Roosevelt, vários nomes do jazz, como Louis Armstrong, e outros VIP, caso de Duke Ellington, James Brown, Liberace, Rudolph Nureyev, Bob Hope ou Tony Bennett.
Décadas depois, a clientela cada vez mais exigente obrigou à renovação do hotel numa colaboração entre três empresas de design e arquitetura – Dubbeldam Architecture + Design , Dialogue 38 e Jill Greaves Design – que se encarregaram da reforma completa dos pisos destinados aos quartos e ainda incluiu a criação de espaços de dormir adicionais, nos pisos existentes, somando-se hoje um total de 92 quartos.
Cada quarto é único e contém trabalhos de marcenaria, móveis e luminárias personalizados. A missão era dar nova vida a um prédio de tijolo, antigo e a pedir reforma, usando acabamentos naturais, iluminação eficiente em termos de energia, móveis simples e detalhes exclusivos. A nova paleta de materiais inclui madeira de nogueira elegante e madeira de freixo quente, cores e portas de alto brilho – o azul é usado para as salas mais pequenas e o vermelho para as maiores – combinados com gráficos monocromáticos em negrito nas paredes.
As combinações excêntricas de móveis e iluminação de design personalizado enfatizam ainda mais a natureza ‘boutique’ do hotel. Com uma revitalização que abrange desde pequenos detalhes até ao look and feel urbano, o Walper está mais uma vez pronto para se tornar o destino de muirtos naquela região.
Hotel Norge Scandic, Bergen, Noruega
Projetado como uma coleção de espaços exclusivos com curadoria, com uma variedade diferente de ambientes que captam a cidade de Bergen, ficar no Norge significa conhecer pessoas com ideias semelhantes, por exemplo, no café urbano e luminoso Norge. Subindo ao lobby, o espaço é mais sofisticado, iluminado pelo sol gigante que muda de cor dependendo da estação e do clima.
Exmo.Hotel, Porto, Portugal
O Exmo Hotel, no Porto, propõe uma viagem ao século XIV. O novo projeto de arquitetura do atelier Floret implicou a reabilitação de um edifício histórico que teve grande respeito pelas lajes de betão.
Por se tratar de um prédio que se encontrava em uso, o seu estado de conservação permitiu uma intervenção pouco intrusiva, usando as modificações realizadas ao longo do século XX, nomeadamente a introdução das referidas lajes de betão.
Foram preservadas as fachadas, a estrutura principal em alvenaria de pedra e todos os elementos decorativos originais, incluindo algumas inscrições de siglas medievais gravadas por pedreiros, bem como, o arco que deverá remontar à edificação original e a escada oitocentista e a escadaria introduzida na década de 70, pelo seu valor arquitetónico.
A decoração ficou a cargo da Lost & Found Home Design, que foi convidada a criar um ambiente “urbano e contemporâneo”, seguindo uma palete de cores e materiais restritos.
Hotel Pacai, Vilnius, Lituânia
O Hotel Pacai, é a síntese de múltiplas visões criativas que se reúnem num edifício histórico que é uma verdadeira herança do passado. É ainda um local que celebra a singularidade da cultura atual da Lituânia e do Báltico.
O design de interiores foi utilizado como ferramenta poderosa para contar a história a cada hóspede, criando um diálogo único através de experiências e sensações. Ao criar esta história a maioria dos espaços que remontam ao final do século XVII, mantêm-se vivos.
É a história visível de uma maneira muito direta: os frescos existentes e texturas das paredes são destacadas com iluminação, também a escadaria é mítica e as suas características históricas são preservadas e destacadas.
A sua atmosfera artística e acolhedora é dominada pelos tons suaves e profundos nas áreas públicas (restaurante, lounge bar, recepção, parte dos corredores), iluminação suave com foco em elementos críticos e peças de arte nos quartos.
25hours Hotel, Düsseldorf, Alemanha
O 25hours Hotel é caracterizado por uma rica herança francesa. O conceito do hotel é inspirado no mix entre a funcionalidade alemã e o requinte francês. Este representa o edifício mais alto da região (conhecido como Quartier Central) e recebeu o nome de “Das Tour”: A Torre.
Pretende servir como a sala de estar do novo bairro, caracterizado pela personalidade de um serviço descontraído e charmoso, que procura encontrar respostas para as exigências dos viajantes urbanos e cosmopolitas. São 17 andares abrigam 198 quartos com uma variedade de categorias e temas.
A área de spa foi inspirada no Tour de France, e o coração gastronómico do hotel, o Paris Club, abrange os dois andares superiores. Já o restaurante no 16º andar convida a uma paragem para almoçar ou jantar.
Uma das características mais singulares do hotel é a oficina de bicicletas no lobby do hotel numa espécie de aceno para a engenharia alemã que oferece bicicletas e acessórios para os residentes móveis da cidade. Outro atrativo é o quiosque, projetado em estilo francês.