Localizada num local isolado e arborizado, a cerca de 40 quilómetros ao norte de Seattle, a casa dos anos 50 foi completamente renovada, mantendo o espírito do edifício original.
Fotografia: Benjamin Benschneider Photography
Com janelas novas de grandes dimensões e outras, remotamente controladas colocadas nos tetos, a casa parece um pavilhão de vidro e madeira no meio da floresta. O projeto, do coletivo de arquitetura FINNE, reorganizou a planta de modo a criar uma master suíte, espaçosa e cheia de luz e uma casa de banho principal, com cada área cercada por vidro e vistas para a floresta.
Os principais espaços de estar e de jantar foram ligeiramente ampliados, e colocada uma enorme janela de teto para inundar de suave luz natural toda a área. A nova cozinha, ampliada, tem balcões em quartzo e vidro fundido, com janelas contínuas que se estendem ao nível do balcão.
O teto preexistente com vigas expostas em cerca de metade da casa foi preservado mas outros novos tetos foram adicionados. O piso de terrazzo existente foi recuperado, mas agora com novas áreas revestida a terrazzo adicionadas numa cor complementar.
Consistente com a simplicidade e clareza originais da casa, uma paleta de novos materiais foi adicionada para criar poderosas justaposições de textura e cor, permitindo que cada material beneficie das superfícies contrastantes adjacentes.
O principal trabalho artesanal consiste na aplicação dos painéis de madeira de cerejeira americana: alguns são suaves, outros foram trabalhados de modo a criar uma textura evocativa de “madeira tecida”.
Uma parede adjacente às áreas de jantar e cozinha foi revestida inteiramente a painéis de aço envelhecido. Esta renovação procurou basear-se na ideia do enriquecimento de uma estética modernista com materiais e elementos feitos à medida e trabalhados artesanalmente.
O fabrico personalizado incluiu o balcão da cozinha em vidro fundido, painéis da parede em aço, persianas de aço cortadas a laser, luminárias de vidro soprado à mão e várias peças de mobiliário personalizadas.
A parede de vidro entre o quarto principal e o WC foi transformada com o uso de um padrão desenhado à mão em vidro gravado, sendo o padrão mais denso na parte inferior (para uma sensação de privacidade) e cada vez mais transparente na parte superior.
As práticas de design sustentável são parte integrante do projeto desde o início. O aquecimento radiante sob o piso de terrazzo criou uma fonte de calor uniforme com a máxima eficiência energética. As janelas altas do escritório importam luz natural para dentro da casa e os estores automáticos permitem a ventilação durante os meses de verão.
Muitos materiais verdes (como painéis de resina, balcões de quartzo, linóleo, tinta com baixo teor de COV e produtos de madeira sustentáveis) foram aqui usados. Mas, acima de tudo, é o próprio acto de reformar que é inerentemente sustentável e capta toda a energia incorporada da casa original dos anos 50, que agora ganhou uma nova vida.
O artesanato intenso e os detalhes da renovação também abordam um princípio sustentável muito importante: construa-a bem e durará muitos, muitos anos!
Design sustentável não é simplesmente criar uma lista de materiais ecológicos; ao contrário, estará a criar formas e construções duradouras com materiais apropriados para um longo ciclo de vida e baixo consumo de energia.