O Fala atelier, coletivo de arquitetura sediado no Porto, assina o projeto desta casa.
Fotografia: Ricardo Loureiro / projeto: Fala / segundo a memória descritiva, via Archdaily
O projeto arruma-se dentro de estruturas espaciais antagónicas sobrepostas. O piso térreo foi concebido como um espaço ininterrupto definido por uma parede curva. A sala, volátil, com apenas um canto e duas superfícies brancas contínuas, abre-se para o jardim. As elevações internas foram cuidadosamente calculadas.
Por outro lado, o primeiro andar é uma composição de espaços complexos e colisões rítmicas de diferentes geometrias, uma sequência de áreas irregulares. A complexidade é introduzida para alojar todos os programas necessários, adaptando-se ao estreito perímetro do lugar. Um conjunto de vigas de madeira igualmente distanciadas sustentam o teto, dando origem a intersecções.
Em contraste com as ordens espaciais opostas, a materialidade mantém a casa unida. Paredes brancas e fluídas contrastam com os pisos de madeira riscada e tetos azuis claros, interrompidos, aqui e ali, pelo azul das portas, algum mármore ou o rosa da cozinha.
A fachada traseira reflete os três pedidos. O piso térreo é completamente aberto para o jardim, enquanto no primeiro andar uma única janela enquadra uma certa perspectiva do denso contexto.
O beiral de cimento, e o ritmo das riscas verticars, e um círculo azul, alinhado com uma viga rosa, encerram a composição peculiar.