A comunhão com a natureza é razão sinequanon para que os espaços se transformem num convite à paz e à tranquilidade. Ainda assim, existem algumas boas práticas para que concretize o objetivo de forma mais rápida
Fotografia de destaque: Studio Schicketanz
Falar em jardins japoneses é o mesmo que falar em espaços zen. A arte japonesa obedece a determinadas regras para que a serenidade e sobriedade estejam garantidas, mesmo ao ar livre. Reunimos alguns pontos de partida para que o verão seja o mais relaxante de todos.
Aposte na assimetria
Ao contrário do que é habitual no ocidente, é comum vermos uma certa assimetria nos jardins japoneses. Ao acreditarem que a harmonia nasce do desequilíbrio é favorecido o convívio entre árvores, pedras, galhos e rochas. Os trilhos serão naturalmente formados por estas pedras que garantirão um equilíbrio de forma orgânica.
Seleccione as plantas adequadas
É habitual vermos nos jardins de inspiração nipónica árvores persistentes como carvalho, árvores frutíferas ou os pinheiros. Se além destas quiser acrescentar algo mais opte pelo bambu pelos arbustos de crescimento lento.
Diga sim aos elementos ímpares
Sabia que ao contrário de Portugal no que diz respeito ao 13, no Japão os números do azar são os números quatro e nove? Parece que o facto de quatro ser dito em japonês shi (o que também significa morte) e nove (sofrimento), influenciou o facto de os japoneses apreciarem os números ímpares. Assim, e aplicando a superstição ao seu jardim, a recomendação é que plante as suas plantas em número ímpar, em concreto três, cinco e sete, trazendo assim algo de positivo.
Recorra aos materiais naturais
Aqui referimo-nos ao mobiliário. Priorize os elementos feitos de materiais naturais. Muita madeira e nada de plástico. Também nos têxteis é possível recorrer a tecidos naturais como o algodão, linho ou lã.
Favoreça a simplicidade
O mesmo é dizer que os artifícios querem-se limitados. Favoreça apenas um elemento decorativo. Não acumule nem multiplique lanternas ou acessórios. Keep it simple. A elegância estará na forma das suas árvores e plantas, dê espaço para a natureza brilhar.
Enalteça um elemento (apenas)
Está relacionado com o ponto anterior, embora o leve mais ao extremo…Seleccione um elemento apenas para destacar no seu jardim. O elemento água, uma rocha ou uma estátua budista… Evite o atropelo de estilos decorativos e o excesso de elementos “interessantes”. Foque-se num e aprecie-o na sua plenitude.