De histórica a contemporânea

Um projeto residencial em São Francisco com projeto de interiores assinado pela designer Chloe Warner do estúdio Redmond Aldrich.

Fotografia: Matthew Millman

A habitação de 1925, ao estilo eduardiano, situada no bairro de Pacific Heights, recebeu uma família composta por casal com dois filhos pequenos. Os moradores pretendiam um espaço calmo e cheio de texturas que pudesse receber a sua coleção de arte.

O caráter arquitetónico do imóvel deveria brilhar por si só, motivo pelo qual imperam os tons suaves de bege e cinza, bem como, os materiais naturais que foram previamente definidos e aprovados.

Uma das peças mais deslumbrantes da casa é o mural executado pela artista Judith Baum. Peças geométricas em grande escala, executadas em carvão com os dedos.

A Walker Warner Architects foi contratada para concluir a remodelação integral. Da cozinha de conceito aberto, à master suíte, passando pela sala de jantar ou jardins ampliados, projetados por Scott Lewis Landscape Architecture. A inspiração foram as residências urbanas históricas de Londres.

Na sala de família, a opção recaiu para um modelo de sofá italiano, com mesas agrupadas no lugar de uma mesa de centro tradicional.

O resultado é um espaço sofisticado que toda a família possa desfrutar. Foi selecionado muito couro, tecidos para os ambientes interiores e exteriores e materiais naturais como a madeira ou cerâmica. As cores suaves potenciam a sensação de leveza dentro de casa, fundamental para esta família. A designer integrou ainda inúmeras peças vintage, mas fez questão de usar itens feitos de materiais adequados para as crianças.

A cozinha é o local onde a família faz a maior parte das refeições, motivo pelo qual a designer selecionou a “Mesa Junta” de De La Espada, que é mais estreita do que uma mesa de jantar padrão, precisamente para incentivar que se reúnam mais de perto.

As cornijas e colunas decorativas de madeira foram substituídas por reproduções de fibra de vidro. A Walker Warner Architects foi capaz de manter intacta a trama histórica da casa, de modo a que a estrutura branca palaciana se parecesse muito com o que era quando foi construída na década de 1920.

Na zona mais reservada da casa, encontramos a suite, igualmente em tons suaves, com closet e casa de banho privativa.

Já no quarto das meninas a cor surge por meio de uma faixa pintada de azul na parede atrás das camas e das incríveis colchas em tons de arco-íris.

Por fim, na sala de jogos tudo foi selecionado tendo como premissa a durabilidade dos materiais, como uma mesa de centro de travertino que poderia facilmente suportar uma criança de pé, cadeiras de mohair moldadas e um sofá modular!