Localizada nas encostas do extinto vulcão Palo Huérfano, a apenas 8 quilómetros de San Miguel de Allende, no México, a Casa Etérea foi concebida pelo escritor e designer Prashant Ashoka, como um refúgio longe da cidade e um “teatro para a Natureza” que a envolve.
Com 75 metros quadrados, a Casa é fortemente inspirada no conceito de “arquitetura emocional”, cunhado pelo arquiteto mexicano Luis Barragán e pelo escultor e pintor Mathias Goéritz.
O nome “Etérea” sugere uma visão nebulosa e de outro mundo. Tanto visualmente quanto funcionalmente, o projeto assume a arquitetura como uma instalação de arte site-specific e como uma extensão do ambiente.
O projeto consegue esta ressonância sensorial mais profunda através do uso de painéis externos espelhados para criar uma experiência visualmente abstrata e interativa. A fachada espelhada difunde o limite entre o selvagem e o estruturado, permitindo ao mesmo tempo que o volume assuma uma qualidade transitória ao refletir a passagem das estações.
Segundo a descrição do projeto, a sustentabilidade foi fundamental para uma integração verdadeira e completa no meio ambiente, e nesse sentido, toda a habitação funciona com energia solar, utiliza as águas da chuva e conta ainda com um revestimento ultravioleta integrado no espelho do revestimento, que o torna visível aos pássaros enquanto permanece refletivo ao olho humano.
No sentido de manter a paisagem intacta, as fundações da casa foram construídas inteiramente com rochas apanhadas na montanha.
Ao nível da planta, o conceito foi o de dois volumes retilíneos que se fundem numa interseção em forma de V com 120 graus.
Na sala de estar e no quarto, portas de vidro deslizantes emolduram a vista das montanhas, ao mesmo tempo que se abrem para um pátio e uma área de piscina sombreada por oliveiras e romãzeiras.