O coletivo de arquitetura multidisciplinar ML-A, por várias vezes premiado, assina o projeto desta pequena casa cujo ponto de partida era, já por si, desafiante, pois consistia em não exceder o orçamento, cingindo-se aos materiais baratos, equilibrados com detalhes personalizados e artesanato.
Projeto: ML-A; segundo a memória descritiva disponibilizada pelos arquitetos
Para aproveitar ao máximo o orçamento modesto, disponível, esta pequena casa recorrer apenas a materiais baratos, mas equilibra-os com detalhes personalizados e algum artesanato local.
As janelas de aço profundas, feitas sob medida, emolduram as vistas da cidade, enquanto, num dos casos, o peitoril da janela funciona como lavatório, drenando a água diretamente para o canteiro do jardim, do lado de fora.
A paisagem é uma componente importante da arquitetura e é introduzida sempre que possível.
As curvas, um aceno à herança art déco de Vredehoek (subúrbio da Cidade do Cabo, África do Sul), permitem que as ‘caixas’ funcionem como canteiros na fachada e o tijolo, de manutenção zero, foi escolhido para que, com o tempo, o edifício possa ser vestido pela vegetação.
Embora todo o planeamento da casa seja extremamente eficiente, permite alguns luxos espaciais surpreendentes.
Um nível na divisão na área de estar oferece uma altura de teto de 4 metros à medida que desce com o local, e uma área de chuveiro de 5 metros de altura vale bem o sacrifício de um pouco de espaço extra acima.
Uma escada de cimento flutuante conduz talvez à característica mais surpreendente de todas: um generoso terraço completo com canteiros e lareira, com vista de 360 graus da montanha, da cidade e do porto.