A Estação de Santa Apolónia e o Teatro Nacional de São Carlos voltaram às suas cores originais graças à fusão entre o passado e a inovação tecnológica da CIN.
O tom avermelhado, que agraciava a Estação Ferroviária de Santa Apolónia em 1967 voltou a tomar cor na fachada deste icónico edifício. Esta mudança contou com o apoio da CIN e surge no seguimento de um projeto criado no interior da estação, onde foi construído um novo empreendimento hoteleiro.
Ainda no coração de Lisboa, o Teatro Nacional de São Carlos regressou à sua cor original, um azul envolvente que também espelha o alto nível de envolvimento da CIN na reabilitação urbana e transformação das cidades.
A história da reabilitação urbana tem feito um longo caminho na devolução do lado tradicional de cada edifício, com impacto em inúmeros projetos – muitos dos quais na cidade de Lisboa. Entre os edifícios mais emblemáticos encontram-se monumentos icónicos da capital, como por exemplo a Estação Ferroviária de Santa Apolónia. A intervenção, que fez já parte de uma ambição maior de se criar um empreendimento hoteleiro, devolveu às fachadas a cor vermelha após terem sido encontrados vestígios deste tom original numa imagem que remonta a 1967.
Liliana Leis Soares, Directora-Adjunta de Marketing da CIN, esclarece que “o encontro do tom certo foi um grande desafio para a nossa equipa de colorimetria e prescrição, tendo em consideração toda a história que o projeto representa. A cor original que, tal como refere o arquiteto José Aguiar, em tudo se assemelha um vermelho óxido de ferro, remonta a uma época específica da Revolução Industrial, pelo que teríamos de conciliar os melhores produtos de reabilitação e afinar um tom que pudesse contar a magia e a importância de um edifício como a Estação de Santa Apolónia para o desenvolvimento de todo um País e na aproximação das suas gentes a uma capital que todos idealizavam.”
Nos anos 90, a Estação Ferroviária de Santa Apolónia mudava a sua cor para um azul claro, numa pretensão de harmonia entre a vista rio e o tom do céu. O retorno do vermelho a Santa Apolónia, pelo atelier de arquitetura Saraiva e Associados (S+A) para a construção do novo hotel The Editory Riverside, foi aprovado pela Infraestruturas de Portugal, que detém o edifício. O licenciamento passou pela Câmara Municipal de Lisboa (Santa Apolónia não é monumento nacional, mas imóvel de interesse público).
Por outro lado, as fachadas do Teatro Nacional de São Carlos, que eram amarelas desde 1940, retomaram a sua cor azul original após o encontro de vestígios desse mesmo tom nas paredes do edifício. Contudo, este facto não foi suficiente para que a Direcção-Geral do Património da Cultura (DGPC) desse o parecer positivo quanto à alteração da cor. Os arquitectos João Aguiar e João Pernão, da equipa da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa elaboraram, com o apoio da CIN, um relatório que definia a cor original do Teatro Nacional de São Carlos – que, posteriormente foi pintado com Cinoxano Mineral da CIN, cor E563.
Liliana Leis Soares explica que “mais do que um projeto de reabilitação urbana, o processo inerente ao Teatro Nacional de São Carlos pressupôs uma investigação histórica e exaustiva que evidenciou o saber-fazer centenário da marca CIN no que à cor diz respeito. Colocámos o nosso conhecimento ao serviço da Direcção-Geral do Património da Cultura, encontrando uma cor que corresponde, em detalhe, ao que havia sido projetado na sua inauguração em 1973”.
Liliana Leis Soares acrescenta que “é um enorme orgulho poder associar a marca CIN a estes projetos de enorme impacto cultural, que concede às cores este poder singular de contar as histórias de cada edifício e de cada lugar, numa perfeita simbiose entre o passado e o futuro”.