No topo de uma montanha, na região serrana do Rio de Janeiro, no Brasil, uma casa de campo com 370 m2, impõe-se com suavidade no terreno. No interior, o projeto foi pensado para acolher um espólio dos anos 50 e 60.
Projeto: Ao Cubo Arquitetura / Fotografia: André Nazareth
Inserida num condomínio numa zona de campo, o escritório Ao Cubo Arquitetura desenhou uma casa contemporânea com um interior que nos transporta para os anos 60.
O betão, o ferro e a madeira foram os materiais de eleição para materializar um conceito que tinha como objetivo alterar o mínimo possível a topografia do lugar. Nesse sentido, a casa elevou-se sustentada em pilares de aço e dividiu-se em duas áreas: uma que inclui a zona social e a suite principal; e outra com uma sala para televisão e quartos de hóspedes. As zonas de lazer, como piscina e sauna, ficaram ao nível do terreno num plano em open space.
Para os interiores, já existia um ponto de partida que vinha da paixão do proprietário em colecionar móveis dos anos 50 e 60, logo, o projeto foi o de criar espaços que, embora contemporâneos, tivessem a capacidade de acolher estas peças.
Segundo a equipa de arquitetos, existem elementos a destacar neste projeto, nomeadamente a varanda que se projeta em balanço sobre a piscina; a grande janela entre a sala e a varanda; e o painel em madeira que permite isolar a sala onde está o piano.
Ao nível da materialidade, os arquitetos sublinham o cimento aplicado sobre a alvenaria na fachada; o pavimento das zonas sociais e privadas feito com madeira proveniente de demolições; ou as paredes em cimento queimado e o teto com lambrim de madeira na suíte principal.
Por último, destaca-se o projeto de arquitetura paisagística, que utilizou espécies nativas, dialogando com a Mata Atlântica que envolve a casa.