Por a 25 Outubro 2022

Depois de morar em várias casas e em vários países, uma família de cinco decidiu fixar-se aqui, neste apartamento duplex no último piso de um edifício no Rio de Janeiro. O projeto de decoração reciclou peças das moradas anteriores e deu-lhes um novo sentido.

Projeto: Ketlein Amorim / Fotografias: André Nazareth

Depois de morarem em vários estados brasileiros e em outros países, um apartamento duplex de 210 metros quadrados foi a escolha para esta família fixar morada. Para ajustar o espaço ao gosto e necessidades pretendidas, a arquiteta Ketlein Amorim fez o mínimo de obras possíveis e aproveitou ao máximo peças e mobiliário já existente e que provinham das casas anteriores.

“Pediram-ma para acabar com um closet que havia no segundo andar e transformar o espaço onde estava num quarto de música, que também poderia ser usado como quarto de hóspedes”, conta a arquiteta. “Também me pediram um projeto completo para o quarto da filha mais velha de 13 anos, para aproveitar ao máximo os móveis que já tinham e adquirir apenas o que fosse necessário. Tornar a área exterior mais funcional, adequar a sala do segundo andar a um estilo de vida mais despojado, colocar um guarda-corpo nas escadas, criar espaço para colocar muitos livros e um mapa mundo, foram outros dos pedidos”, acrescenta. De uma forma geral, queriam gastar o mínimo possível e evitar obras ao máximo.

No primeiro andar, o projeto da arquiteta contemplou a sala, o quarto da filha mais velha e o quarto do casal, enquanto, no segundo andar, foi feita uma intervenção na sala, no quarto, no quarto de banho e na área exterior.

A obra foi relativamente pequena, com poucas modificações na planta do imóvel. Na decoração, a maioria dos móveis foi reaproveitado. Como o atual apartamento é definitivo, Ketlein Amorim reviu todo o acervo disponível e misturou as peças de uma forma harmoniosa, completando com pequenas aquisiçõe, como papéis de parede, revestimentos e tapetes.

Como os clientes tem muitos livros e adoram ler, queriam um ambiente com função de biblioteca. Pediram também que, a sala de jantar ficasse próxima da cozinha principal. A partir daí, a arquiteta propôs integrar os dois espaços, uma vez que a mesa de jantar também poderia servir de apoio de leitura ou estudo. Foi desenhada uma estrutura em aço cortén com prateleiras de madeira rústica, e criadas estantes de livros em toda a altura do pé direito, tornando-se um elemento de destaque na decoração.

Para além disso, foram misturadas peças que já faziam parte do acervo da família com outras novas. Já eram deles, por exemplo, a poltrona Lounge by Charles Emmes, a mesa de jantar Saarinen, as cadeiras de jantar em ferro e fibra natural, a escrivaninha sob a escada e os livros. Para completar o espaço, foram adquiridos não só a estante, como também o tapete, o extenso banco sob a janela, os cabos de aço fixados nos degraus da escada e os itens de iluminação. Um móvel antigo baixo que também já era da família (de madeira escura, portas espelhadas e estilo clássico) foi modernizado, com um novo acabamento, em laca num tom amarelo.

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