O que antes era um “quarto-e-sala” com 40m2, foi transformado num loft minimalista inspirado num quarto de hotel. O projeto é do escritório Diego Raposo + Arquitetos.
Projeto: Diego Raposo + Arquitetos Fotografias: MCA Estúdio
Proprietário de um apartamento de 40m2 em Ipanema, no Rio de Janeiro, um jovem empresário, contratou os arquitetos Diego Raposo e Manuela Simas, do escritório Diego Raposo + Arquitetos, para transformar o seu “quarto-e-sala” num loft residencial. “O cliente queria um espaço amplo e integrado, com cara de quarto de hotel, além de uma atmosfera calma e que incentivasse ao descanso”, relembra Raposo.
A primeira coisa que a dupla de arquitetos fez, foi demolir as paredes que separavam a sala do quarto. Como a casa-de-banho não tinha luz natural, a parede voltada para a sala também foi eliminada e substituída por painéis de vidro, que vão do piso ao teto.
Segundo os arquitetos, o objetivo da nova planta foi criar um layout fluido que permitisse ao morador reorganizar o espaço, de acordo com o uso. Para reforçar a sensação de “fluidez”, projetaram muito do mobiliário, como o roupeiro atrás da cama, os armários da cozinha em ‘L’ e o banco baixo ripado. A cama ganhou destaque mais ao centro do espaço, o que ajudou a setorizar as funções dos ambientes.
“O banco baixo ripado que se estende por toda a parede onde ficam as duas janelas, também funciona como aparador para apoiar livros e objetos, e ainda conta com espaço de arrumação em baixo, para guardar roupa de cama ou calçado”, explicam os arquitetos.
A ideia do projeto foi criar um loft minimalista, predominantemente branco, com elementos pontuais em madeira natural e tecidos em linho. Na decoração, algumas peças que o cliente herdou da família foram aproveitadas – como a poltrona Wassily de Marcel Breuer e um quadro de Di Cavalcanti -, e nortearam a seleção dos móveis novos. “Queríamos que todos os móveis conversassem entre si, considerando o período histórico em que foram criados, desenhos ou acabamentos. A partir daí, investimos, por exemplo, na cadeira Standard de Jean Prouvé e no banco Mocho de Sergio Rodrigues”, explica Raposo. “Em ambientes com poucos metros quadrados, costumamos reduzir a quantidade de móveis e investir em peças com design”, finaliza o arquiteto.