Este apartamento da década de 50, foi remodelado pela arquiteta Juliana Matos. Os proprietários queriam uma atmosfera de casa e cor, para a qual contribuiu a criação de galerias de parede. Conheça o projeto e descubra algumas sugestões para criar a sua galeria.
Projeto: Juliana Matos / Fotografia: Rafael Renzo
Este apartamento, da década de 50, está localizado na região de Higienópolis, num dos primeiros bairros planeados na cidade de São Paulo. Recordamos que, entre os anos de 1930 até meados de 1960, os grandes nomes da arquitetura paulista da época – como Vilanova Artigas, Rino Levi e Artacho Jurado, entre outros -, foram os responsáveis pelos projetos arquitectónicos daquela zona.
Voltando ao apartamento, o mesmo, com uma planta distribuída por 128 m2, precisava de uma remodelação geral. Para o efeito, os proprietários procuraram a arquiteta Juliana Matos para desenvolver o projeto. Queriam uma nova sala, cozinha e um novo espaço de banho no quarto do casal.
Paulo Terron, jornalista apaixonado com uma participação ativa na área da música, e Juliana Mathias, figurinista, dividem o apartamento com Shiba Inu, Lana e o gato Periquito. Ambos queriam uma atmosfera de casa e cor, muita cor, e esperavam que os ambientes refletissem a personalidade e charme de cada um deles, com conforto e espaço para dispor discos, livros, quadros e também para arrumar as peças do acervo de figurino de Juliana.
Salientamos no projeto as galerias de parede, que funcionam como elemento de cor e conferem dinamismo ao espaço. Uma solução que facilmente se consegue reproduzir em casa com resultados muito satisfatórios. Por isso, mais adiante, damos algumas dicas para construir a sua.
A arquiteta projectou a nova sala tendo como ponto de partida a abundante iluminação natural que o apartamento possui, com grandes janelas restauradas, uma características dos apartamentos da década de 50, muito comum no bairro.
O piso antigo teve que ser retirado, sendo substituído por um novo em tacos de madeira colocados em formato escama de peixe. Juliana Martins desenhou boa parte do mobiliário da sala, entre eles as estantes em MDF. Os mesmos foram depois complementados com a Mesa Tabuleiro e as cadeiras Serafina, do designer Fernando Jaeger.
Na cozinha, a arquiteta manteve a materialidade dos armários suspensos, em contraponto com a bancada com tampo em quartzo branco, e deixou que o elemento cor fosse introduzido pela fórmica verde pastel na bancada inferior.
Segundo a arquiteta, na planta original havia duas casas-de-banho, que no novo projeto foram transformadas em apenas uma, mais espaçosa e com dimensões para contemplar uma banheira de hidromassagem – um dos pedidos dos clientes.
3 sugestões para criar a sua galeria de parede
Paleta de cores
A escolha antecipada de uma paleta de cores para a sua galeria de parede é importante. Olhe à sua volta, para o espaço onde a vai colocar e perceba quais são as cores predominantes. Pode também escolher mais uma ou outra cor disruptiva, que ainda não esteja no espaço mas que se enquadre bem.
Simetria o quanto baste
Pode ajudar traçar uma linha a meio da parede e trabalhar a partir daí, mas não necessariamente de uma forma simétrica. Pode utilizar molduras com os mesmos tamanhos mas colocadas em sítios diferentes. Esta simetria controlada confere dinamismo à parede.
Misture estilos
A graça de uma galeria de parede reside no facto de ela poder agregar vários estilos. Junte ilustrações, fotografias, pinturas, um desenho do seu filho…não existem regras. Divirta-se.
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