Alojado num dos bairros mais cosmopolitas da capital, o novo The Ivens está alojado num edifício histórico do século XIX, e a antiga casa da Rádio Renascença. Lá dentro, entre outros predicados, poderá encontrar aquele que é já um dos restaurantes de Lisboa a ir o quanto antes na cidade.
Texto: Isabel Figueiredo / Fotografia: Francisco Nogueira / Fotografia do Rocco: Adolfo Rancaño Gijon
É um oásis que se esconde na cidade — mas não da cidade, assim lemos no comunicado à Imprensa. “Lá dentro vivem araras, besouros, papagaios, plantas tropicais, cadeirões de veludo, camas confortáveis e vários restaurantes de autor”. Fica no cruzamento entre duas ruas com o nome de uma dupla que se cruzou pelo mundo: Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo – dois exploradores intrépidos, que das muitas viagens empreendidas trouxeram desenhos, esboços, cartas, plantas, rochas, fósseis e animais desconhecidos, fruto de um périplo que soma mais de 8500 quilómetros.
Pensado para receber exploradores de todo o mundo, o The Ivens é tudo sobre viagens e esplendor, com uma decoração e arquitetura rica em detalhes para proporcionar um serviço e conforto de excelência. Os seus 87 quartos, decorados por Cristina Matos – que assina ainda a decoração do lobby e da receção –, permitem vistas da cidade ou do rio e salientam uma atmosfera de tranquilidade, onde a madeira, o mármore e a palhinha coexistem, num registo de sofisticação serena. A decoradora optou por cores sóbrias — beges, brancos e verdes — , com apontamentos de cor nos papéis de parede e nas carpetes — e em todos se faz alusão à fauna e flora.
Nas casas de banho dos quartos predomina o clássico, com um sofisticado chão a preto e branco; nas das suítes, o destaque vai para o mármore; nas paredes dos corredores, pintadas em azul petróleo, sobressaem fotografias e documentos de época. No chão, estendeu-se uma longa carpete com motivos geométricos. Há ainda livros e revistas de viagens a adornar as mesas e as estantes.
Por último, mas não menos importante, a iluminação, que brinca com a luz natural que passa sem rodeios através das janelas, cuja traça original foi preservada. No que toca aos espaços comuns e ao Rocco, que mostramos de seguida, a sua decoração é da responsabilidade do pintor e arquiteto espanhol Lázaro Rosa-Violán, com projetos um pouco por todo o mundo, da hotelaria ao retalho, e conhecido pela forma como interpreta os espaços e neles recria cenários fantásticos. “Sou um pintor, viajante e criador de ambientes”, diz Lázaro na sua página oficial. “A minha filosofia sempre se baseou no design acessível. A experiência deve ser maior que o espaço para que todos participem”.
My name is Rocco
Faz parte das várias ofertas gastronómicas e de lazer do Hotel Ivens, novo destino turístico da capital, em pleno Chiado, e tem projeto de interiores de Lázaro Rosa-Violán. Um espaço especial na cidade, de portas abertas a todos os que procuram uma experiência distinta, quer do ponto de vista da atmosfera quer gastronómica. Aos pratos italianos somam-se as texturas e cores de um espaço que faz viajar no tempo e por aqui desfilam clássicos como Linguine de Lavagante, Ravioli de Sapateira ou Robalo alla Ligure, anónimos e caras conhecidas. O Rocco soma 500 m2 de área e tem uma lotação total de 165 lugares, espalhados por vários ‘atos’, sempre desvendados aos poucos, porque aqui a versatilidade do espaço e da carta são dignos de experiências especiais.
A Terrazza, ao lado, e avistada através das janelas, prolonga para o exterior as qualidades do Rocco, al fresco. Itália, a sua história e as suas raízes mediterrânicas estão bem patentes na oferta do Rocco, que sugere um novo conceito de cozinha típica italiana, “onde o cliente é convidado a descobrir ao seu gosto diferentes experiências gastronómicas, do pequeno-almoço ao jantar”.
O gastrobar
A escadaria conduz ao bar principal, com 33 lugares, e convida os clientes a admirar a garrafeira imponente, e a escolher uma ou várias das suas referências para acompanhar os pratos da carta que aqui se serve.
Prossegindo para o Crudo Bar, há encontro marcado com uma carta onde os mariscos e bivalves trazem à mesa e às papilas gustativas os sabores do mar que banha Itália.
O restaurante
Na sala principal, de 56 lugares, as cores quentes conjugam-se com os apontamentos italianos, a exposição de vinhos e vários universos de show cooking – com destaque para o grill e carnes maturadas.
O terraço
Naquele terraço cheio de verde, as cores intensificam-se e o interior dilui-se com o espaço exterior. Um ambiente multifacetado e rico em detalhes, um jogo cénico-gastronómico composto de muitas experiências que demonstram exemplarmente o que é a ‘dolce vita’ italiana.