É o nome deste estúdio dedicado à arte têxtil, fundado por Catarina Cruz e Tiago Amaral, artistas têxteis autodidatas, cuja abordagem é inspirada no mar e na natureza. A dupla viu neste projeto uma forma de desacelerar o ritmo imposto pela sociedade, o consumo excessivo e a produção em massa.
Texto: Isabel Figueiredo / Imagens cedidas
Em 2020, em plena pandemia, Catarina e Tiago descobrem na arte têxtil uma nova forma de expressão e começam a explorar autonomamente as técnicas tradicionais da tapeçaria.
O Estudio OHXOJA, assim se designa, é um projeto que “resultou e nasceu da necessidade de desacelerar o ritmo imposto pela sociedade, o consumo excessivo e a produção em massa”. Uma nova aventura na vida do casal, que pelas suas mãos põe em diálogo a criatividade e as perspectivas artísticas, aproveitando e desfrutando de todo o processo.
O estúdio está localizado na Costa da Caparica, um pequeno paraíso à beira-mar e poucos quilómetros de Lisboa, e desta proximidade com o mar e as paisagens naturais nasce a inspiração para todo o processo criativo — tapeçarias contemporâneas feitas à mão com lã portuguesa, para a parede ou para o chão, segundo várias técnicas, desde agulha mágica ao tuftinggun ou escultura têxtil. O baixo-relevo é esculpido com tesoura, “acentuando formas, luzes e sombras e cada peça é única e irrepetível, refletindo emoções ou memórias e proporcionando uma experiência tanto visual como tátil para quem a adquire”.
Consciencializar para a forma como o comportamento humano impacta o ambiente é uma das preocupações nas suas criações. Posto isto, conversámos com a dupla.
Qual a relação entre ambos e como se conheceram?
Podemos dizer que somos eternos namorados. Conhecemo-nos ainda adolescentes e continuamos juntos até hoje, desde há 29 anos, e entretanto já com a família alargada (um filho com 16 e uma filha com 13).
O que pretendem transmitir com a vossa arte?
Tentamos criar emoções representando a beleza e singularidade da natureza, através de cores, relevos e texturas, que podem nascer de uma forma mais concreta ou mais abstrata. Gostamos de trabalhar a relação da luz com a sombra e de explorar temáticas sociais e/ou relacionadas com a sustentabilidade e a ecologia, cuja mensagem pode ser mais direta, em forma de manifesto ou estar subtilmente presente.
Quem são os vossos principais clientes?
No geral, são clientes particulares, apesar de já termos vendido para decoradores de interiores e alguns alojamentos locais.
Como se dão a conhecer? Quais os canais que usam para a vossa promoção?
Maioritariamente as redes sociais, principalmente o Instagram e as plataformas internacionais de venda online com curadoria de peças de arte. Estamos presentes, pontualmente, nalguns mercados criativos em Lisboa e temos peças expostas em espaços comerciais.
O que vos inspira?
Principalmente a natureza, o mar, a beleza das formas, jogos de cor, contrastes e texturas.
O que está para breve?
Temos para breve dois projetos grandes comerciais, um em Lisboa e outro fora de Portugal.