Assinada pelo escritório Luppa Arquitectos, a casa, localizada num bairro portuense foi ampliada sem se descaraterizar e o seu projeto de interiores foi trabalhado no sentido de privilegiar a luz natural.
Projeto: Luppa Arquitectos / Fotografia: Ivo Tavares Studio / segundo memória descritiva
A casa IMLA está situada no bairro da Vilarinha no Porto, bairro que foi construído na última fase dos bairros das Casas Económicas do Estado Novo em 1958. O bairro é constituído maioritariamente por casas geminadas de pequena dimensão, sendo a casa IMLA a última casa da rua, localizada na esquina entre duas ruas e, portanto, com um jardim de maior dimensão.
O primeiro passo neste projeto foi a alteração da entrada da casa para outra rua, por forma a que a entrada deixasse de ser feita pelo jardim e este passasse, consequentemente, a ser numa zona mais recatada, conferindo-lhe uma maior utilidade e privacidade.
Para resolver a necessidade de ter mais área útil na habitação, foi criada uma ampliação volumétrica de dois pisos a poente, que se afasta do muro a Sul para criar um pátio interior e permitir uma maior entrada de luz de Sul e de Poente, colmatando o défice de luz que existia no rés-do-chão da casa.
No que toca às suas características formais, a premissa do projeto era não permitir que a ampliação descaracterizasse a volumetria original da casa e fosse assumida como um elemento novo. Tanto na transição entre os dois volumes, como na abertura de novos vãos no volume novo, é possível ter uma perfeita leitura da volumetria da casa antiga.
Os interiores foram trabalhados por forma a permitir que todos os espaços tenham iluminação natural.