A Casa do Sobreiro, concebida pelo atelier Skemba, tem as suas raízes entrelaçadas com a árvore centenária que lhe empresta o nome. Um testemunho de como a arquitetura pode coexistir em perfeita harmonia com a natureza que a rodeia. A reportagem fotográfica é de Ivo Tavares.
Projeto: Atelier Skemba / Fotografia: Ivo Tavares Studio / segundo memória descritiva
Esta moradia unifamiliar partiu de um elemento marcante do terreno, um Sobreiro centenário. Por isso, o seu nome é “A Casa do Sobreiro” e não “O Sobreiro da Casa”.
Partindo sempre da dita árvore como o elemento principal, toda a intervenção promoveu a comunhão entre a mesma e o volume edificado.
O corpo superior (em cortiça) projeta-se relativamente ao rés do chão (em tijolo face à vista) aproximando-se do grande sobreiro, respeitando a copa do mesmo e criando uma zona coberta que faz o prolongamento da zona social.
Do lado oposto, junto ao anexo existente, o remate foi feito com o volume do rés do chão que se afasta e ganha altura criando uma pequena piscina que serve o terraço e varanda dos quartos.
Interiormente, a casa foi pensada para uma família de dois adultos e duas crianças, e o seu funcionamento é muito simples, sem grandes obstáculos e com os espaços claramente definidos.
No rés do chão existe apenas um volume central à volta do qual se circula entre hall de entrada, sala e cozinha. Volume esse que inclui o mobiliário de apoio à sala, à cozinha, despensa, instalação sanitária e escada de acesso ao piso dos quartos.
A fluidez que se pretendia na casa e comunicação entre os diversos espaços formaliza-se através do duplo pé direito na zona da sala de estar, à volta do qual se circula para os três quartos.
Em suma, a casa pretende coexistir com o grande sobreiro e respeitar sempre a sua presença, dando-lhe o devido destaque e relevância sem prejudicar a função e o usufruto do espaço exterior envolvente.