Por a 21 Maio 2024

Uma família comprou um terreno de mais de 1000 m² no meio da serra e fez um pedido especial ao arquiteto Rafael Mirza: que construísse uma casa ecológica orientada para os momentos de lazer. Em pouco mais de um ano, a casa de sonhos desta família estava finalizada e decorada.

Projeto: Rafael Mirza / Fotografias: Dhani Borges / segundo memória descritiva

“Um clube ecológico“. Este foi o pedido feito ao arquiteto Rafael Mirza aquando da compra de um terreno generoso na região serrana do Rio de Janeiro, por uma família que queria uma casa orientada para os momentos de lazer.

“Fomos chamados para construir do zero; o projeto em si levou cerca de dois meses e a obra, das fundações à decoração, levou 1 ano e 5 meses”, conta o arquiteto. A casa foi desenhada e construída de uma forma integrada, mantendo relações entre interiores e exteriores.

Mantendo essa proposta o primeiro piso da casa contempla as salas de estar e jantar, cozinha e adega, e todas as divisões estão ligadas física e esteticamente. Aqui, todos os ambientes receberam o mesmo pavimento e revestimento e o uso abundante da madeira, para criar uma maior sensação de aconchego. Além disso, toda a fachada é envidraçada, o que cria uma ligação direta entre interior e exterior e uma visão privilegiada para a grande piscina. 

“No primeiro andar, criámos escritório, lavabo, área de serviço e duas suítes de apoio. Já no segundo andar, fizemos duas escadas, a principal faz parte da decoração, com um pé direito duplo; a segunda que se acede pela área gourmet dá acesso mais próximo à suíte master, sendo possível a circulação pelas duas extremidades da casa”, explica Rafael.

Este mesmo segundo piso conta também com um grande corredor, onde há três suítes iguais (hóspedes e dois filhos), além de ginásio e um hall íntimo que dá acesso a uma sala de leitura. A suíte principal, com closet e hidromassagem fica na extremidade oposta a estes ambientes.

Todos os três quartos têm uma varanda que fica por cima da área social e que compõe a arquitetura da fachada. Contudo, a suíte principal goza de uma vista para dois lados, frente e lateral da casa, com um enquadramento privilegiado para o vale, contemplando todo o verde da serra.

A casa, construída onde o terreno era mais plano, foi pensada como um grande bloco, em que a entrada se faz pela lateral e a fachada principal é virada para a frente. Do outro lado, há um bloco vertical. “Para evidenciar a diferença entre os dois blocos, criámos a laje superior reta e, no meio, na parte mais horizontal, criamos uma laje curva, perceptível também por dentro”, explica Mirza. 

Toda a fachada é em betão e o revestimento usado foi criado pelo escritório de Rafael na própria obra. Para tornar a casa numa construção ecológica, foram usadas algumas tecnologias, como: reaproveitamento de água da chuva, painéis solares e outras que diminuem o consumo de energia.

Em termos de decoração, foi toda pensada para contrastar com a arquitetura. Destaque para os tons claros presentes nos móveis e revestimentos, assim como para a cortina que suaviza a serralharia preta das caixilharias.

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