Até final de setembro, a Made In Situ tem patente a exposição Caretos. A mostra surge como um ponto de viragem para a galeria, na medida em que o seu fundador – o designer francês Noé Duchaufour-Lawrance -, opta por transpor a sua perspectiva e convidar artesãos para se expressarem com total liberdade.
Texto: Isabel Figueiredo / Fotografias: Matilde Travassos
A galeria de Lisboa Made In Situ, fundada pelo designer Noé Duchaufour-Lawrance, tem patente até final de setembro, a exposição Caretos. A mostra converge diferentes elementos que desvendam esta curiosa tradição enraizada no nordeste transmontano de Portugal, uma combinação de misticismo e rituais ancestrais que atrai multidões e gera surpresa e susto, risos e fascínio.
Sete bancos feitos à mão, imbuídos do espírito dos Caretos, juntam-se aos retratos do fotógrafo francês Charles Fréger, constantes da sua série “Wilder Mann”, em construção desde 2010. Estes elementos são sustentados por uma paisagem cenográfica criada pelo estúdio, ajudando a decifrar atributos ritualísticos e místicos que se difundem através de gerações e se manifestam em energia pura.
Esta exposição surge também como ponto de viragem para a Made In Situ, na medida em que o designer francês Noé Duchaufour-Lawrance opta por transpor a sua perspectiva e convidar artesãos para se expressarem com total liberdade.
Sob a direção e orientação do Made In Situ Lisbon Studio, os artesãos exploram as profundezas da sua criatividade e transferem o seu conhecimento para um determinado objeto. “A coleção ‘Caretos’ compõe-se de peças únicas e encontros inspiradores”. Das mãos dos sete artesãos da vila de Lazarim saíram sete bancos em madeira que materializam as máscaras usadas pelos Caretos, os grandes protagonistas no espaço cenográfico da Made In Situ.