Por a 8 Fevereiro 2024

Disse há uns anos, a um jornal português, não se imaginar a enveredar pela fotografia. Mas a componente de laboratório e, claro, o lado artístico seduziram-na ao ponto de, hoje, ser uma paixão e a disciplina que mais a realiza profissionalmente.  

Texto: Isabel Figueiredo / imagens cedidas

O seu trabalho fotográfico, lemos no comunicado à imprensa, “tem um registo poético e intimista, sensorial e intuitivo. Vive de tensões entre a autobiografia e a ficção, a realidade e a imaginação, o visível e o invisível. Revela uma forte ligação com a natureza, em particular o mar, num gesto de aproximação das coisas, para captar a sua essência. Construindo narrativas imaginárias, tende a levantar questões espirituais, para melhor compreender o mundo e a sua origem, ‘de onde vimos, para onde vamos’, criando um caminho de descoberta para quem experiencia. As ideias de imortalidade e eternidade são os temas intrínsecos às várias séries”. 

Catarina Osório de Castro (1982) nasceu em Lisboa, onde vive e trabalha. Licenciou-se em arquitetura na FA.ULisboa, em 2005, e estudou fotografia no Ar.Co (2012) e no Atelier de Lisboa (2015). Foi representada pelo Módulo, Centro Difusor de Arte, foi convidada a participar no projeto [TASCAS] que culminou no livro de Lisboa Pelas [TASCAS] de Lisboa, participou na edição trimestral Almanaque, Reportório de Arte e Esoterismo, entre 2020 e 2021, e publicou o seu primeiro livro, ‘Devagar’, em 2020. Três anos depois, publica Eclipse.

Administradora da Fundação Rui Osório de Castro, que atua na área da oncologia pediátrica, Catarina também já teve o seu trabalho exposto, coletiva e individualmente, em várias galerias e espaços, em Portugal e França, este último no âmbito de uma residência artística. 

Útero, Eclipse, Devagar, Silêncio, Refúgio… todos estes nomes são o ‘chapéu’ encontrado para os vários trabalhos, e cada um deles conta uma história, fala de uma memória, é dedicado a um pensamento. O seu olhar é sensível e apurado. Cativa e confronta-nos. Desafia a curiosidade e deixa-nos navegar pela sua abordagem. Um nome a fixar! 

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