Fundado em 2005 por Signe Bindslev Henriksen e Peter Bundgaard Rützou, o Space Copenhagen é um estúdio de design que trabalha em diversas disciplinas, desde design de interiores para residências particulares, hotéis e restaurantes em todo o mundo até instalações de arte e direção de arte, móveis, iluminação e objetos refinados. Descubra o destino, o livro e as preferencias desta dupla.
fotografia de entrada, Joaquim Wichmann
Chamam a sua abordagem de Modernismo Poético e dizem forjar novos caminhos equilibrando opostos, como o clássico e o moderno, o industrial e o orgânico, o escultural e o minimalista, ou a luz e a sombra. À Urbana, a dupla por detrás do Space Copenhagen revelou também algumas das suas preferências em destinos, livros e design.
Portugal é o próximo país a explorar pela dupla. “Sempre adorámos o sul da Europa no verão, e historicamente viajamos muito para Itália e Espanha, mas quando embarcámos na viagem do projeto do The Largo Hotel no Porto, Portugal era um conhecido relativamente novo. Há algo de escondido, desconhecido e incrivelmente autêntico no país”.
Para Signe Bindslev Henriksen e Peter Bundgaard Rützou, o universo de Oliver Gustav “é um bom exemplo de alguém que consideramos muito inspirador – e também utilizamos frequentemente as suas peças nos nossos projetos”.
No que diz respeito a leituras, a escolha vai para “Elogio da sombra” de Tanizaki. O livro é um ensaio sobre a estética tradicional japonesa em contraste com a mudança. Uma forma de nos alertar para a importância de prestar atenção às pequenas coisas – mas tão importantes – que nos rodeiam e que afetam as nossas vidas e bem-estar.
As esculturas iluminadas de Isamu Noguchi são para a dupla de designers algo a que se deve prestar homenagem. Relembram que Noguchi escolheu o nome “Akari“ – palavra que significa luz em japonês -, colocando assim em diálogo a iluminação e a leveza física. “Utilizamos frequentemente as suas peças nos nossos projetos, pois suavizam a luz e as sombras e projetam uma atmosfera muito especial, quente e acolhedora“.
Relativamente à sua prática, destacam a Seine Collection (1), inspirada no comportamento da luz na água em movimento. A coleção de três candeeiros tece referências vintage num design distintamente modernista e discreto, evocando o brilho e o movimento de um rio que flui suavemente.
E claro, os interiores do The Largo, no Porto, que promovem a união entre hóspedes, anfitriões, a comunidade portuguesa e o próprio espaço, por via de elementos criteriosos de artesanato, materialidade, textura e arte.