Os gestos suaves e a entrada num estado meditativo profundo guiam a ceramista e o seu Studio Ēeme no dia a dia.
Texto: Isabel Figueiredo / Fotografias: Dea Ludovice
O movimento e as posturas corporais influenciam profundamente o seu trabalho e fazem parte do seu processo criativo, juntamente com a entrada num estado meditativo lento. “Acredito que o meu processo em si e a suavidade na manipulação do barro me ajudam a passar esse mesmo sentimento para as minhas peças e, espero, para as casas daqueles que as vão possuir”.
Ceramista e fundadora do Studio Ēeme (2022), projeto sediado na linha do Estoril, Marie-Laure Davy formou-se em cerâmica pela Ar.Co, depois de ter frequentado aulas de dança e de desenho de modelos durante mais de 10 anos, em paralelo com uma carreira na indústria criativa em Nova Iorque.
Os conceitos de movimento e as posturas corporais estão profundamente ligados ao seu trabalho, integrando parte do processo criativo, juntamente com a transmutação para um estado meditativo lento.
Observados nos vasos e esculturas, os temas da fertilidade, do movimento e da ternura são fulcrais no seu trabalho e importantes para o processo criativo. Todas as peças criadas pela ceramista no Studio Ēeme são moldadas à mão e construídas com base em formas de barro lisas e delicadas, como a porcelana ou o grés, procurando o contraste entre a fluidez e as cores, as linhas ou os materiais mais frios.