Por a 3 Setembro 2024

A marca dinamarquesa especialista em design de tecnologia verde revelou a coleção Alder, criada em colaboração com Patricia Urquiola. A peça é feita a partir de uma nova mistura biodegradável de Matek®. 

Texto: Isabel Figueiredo

O material e a tecnologia patenteados pela Mater, Matek®, que transforma resíduos em matéria-prima moldável, é criado por via da combinação de fibras com um aglutinante para produzir um composto que pode ser formado usando tecnologia de moldagem por prensa pré-existente para criar móveis. A nova mistura Matek®, incluindo fibras naturais e plástico biodegradável certificado, dá continuidade à pesquisa que deu origem ao inovador Matek® original e é um passo em frente na circularidade.

Fabricado inteiramente com materiais naturais, a versão biodegradável do Matek® é composta por plástico biodegradável derivado da cana-de-açúcar como base do material aglutinante, misturado com resíduos de café ou fibras de madeira. Os organismos vivos podem decompo-lo ,da mesma forma que a madeira ou qualquer outro material natural. A coleção, projetada para desmontagem, permite que cada componente seja reaproveitado em novos ciclos de produção através do sistema de reciclagem da Mater. 

A coleção Alder é composta por duas mesas lounge em formato oval e quadrado, uma mesa lateral e um banco, disponíveis em quatro cores diferentes: Terraco, Verde Claro, Areia e Cinza Terra. Cada cor é criada usando diferentes fórmulas Matek® inspiradas em rochas naturais, cuidadosamente selecionada para criar uma estética natural e em união com a Terra. Além disso, as peças ultrapassam os limites da sensibilidade e da textura no design de móveis, apresentando uma textura distinta.

O design também se inspira na geometria, funcionando como uma passagem entre os mundos contrastantes. Linhas recortadas visíveis ao redor da circunferência de cada peça são um detalhe de design adicional simples, mas eficaz, e uma referência à ideia de criar um caminho, por onde a água flui.

“Se perguntar a qualquer designer quais os materiais com que ele gostaria de trabalhar, a resposta será biodegradável, porque sabemos que devemos devolver os materiais à terra. Cresci numa sociedade que assistiu a enormes avanços na investigação e muitas coisas são hoje limitadas, por isso temos de pensar nas próximas gerações. Temos sérios problemas com o nosso planeta de formas muito diferentes e complexas. Creio que hoje estamos mais focados na forma correta de abordar produtos, materiais e processos, mas há muito mais a fazer”, sublinha Patricia Urquiola.  

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