A dupla de designers composta por marido e mulher, James Russell e Hannah Plumb, prepara-se para a sua primeira exposição individual, denominada Rooted, a inaugurar a 1 de novembro de 2024. A mostra irá dar a conhecer Copper Roots, o mais recente corpo de trabalho da dupla criativa.
Texto: Isabel Figueiredo
Lustres, candelabros, arandelas de parede e móbiles… Formada a partir de tubos de cobre retorcidos que suportam candeeiros com contrapeso, a nova série, Copper Roots, é um testemunho da dedicação da dupla JAMESPLUMB na transformação de objetos encontrados em peças intemporais. Por exemplo, cada candeeiro pode ser adicionado ou removido individualmente, acendendo-se quando colocado e apagando-se quando retirado.
A história desta série começa em 2022, quando a dupla se mudou de Londres para uma aldeia em Shropshire Hills para recuperar uma quinta abandonada. Neste novo ambiente, o casal começou a equilibrar o seu trabalho de restauro com a prática de estúdio. Durante a renovação, Hannah e James descobriram tubagens de cobre antigas que inspiraram a criação de Copper Roots, reutilizando o cobre de uma conduta de água para a instalação da eletricidade. Os trabalhos de escavação revelaram ainda fragmentos de betão num antigo celeiro, equilibrando a leveza dos tubos de cobre. Copper Roots representa a evolução da série Steel Roots. As luzes elétricas substituem as velas, mas o ritual de colocação e o delicado contrapeso mantêm-se.
No âmago da prática da dupla JAMESPLUMB está o ato de fazer, com um enfoque em ações e experiências autênticas. Cada peça é fabricada através de um processo meticuloso e ritualista — as pedras são cuidadosamente escavadas, peneiradas e lavadas, e depois misturadas com cal e areia locais para criar um calcário único. São cavados pequenos buracos na terra para receber cada candeeiro, suportados por estruturas simples feitas de aveleira, cortada das sebes. Estas estruturas, que fazem lembrar as utilizadas na agricultura, mantêm os castiçais firmes à medida que o calcário solidifica à volta das suas bases. “Embora possa parecer absurdo descrever este ato como uma plantação, a sensação de estar enraizado – colocar algo no solo como um ato de nutrição e transformação – é profundamente semelhante”, afirma James Russell.