Sandra Morgado Neto é formada em Arquitetura, doutorada em Desenho e investiga, publica e leciona no domínio do desenho e materialidade desde 2013. A Mess, marca que cria, produz e vende revestimentos construtivos/decorativos de base ecológica, visa suprir uma vertente sustentável, alternativa e circular de produtos de revestimento no domínio dos materiais do parque atual.
Texto: Isabel Figueiredo
É parceira do Loulé Design Lab desde 2019, onde tem também desenvolvido projetos no âmbito do design e produção artesanal de superfícies ecológicas para aplicação nos setores da arquitetura, design e decoração, compostas com materiais rejeitados ou de segunda linha, tais como leguminosas e sementes fora de prazo, plásticos descartados, fibras vegetais provenientes de podas ou de limpeza de espécies vegetais invasoras, desperdícios de obra, entre outros. Integra parcerias com entidades públicas e privadas no domínio da criação de materiais inovadores, diferenciados por outras imagens e pela reutilização de resíduos, potenciando uma “circularidade” material que tem raiz da reciclagem.
Sobre a jovem marca Mess, Sandra conta-nos tratar-se de “uma marca que cria, produz e vende revestimentos construtivos/decorativos de base ecológica, dedicando-se assim ao design e produção de superfícies com matéria-prima improvável, a fim de criar revestimentos para aplicação em espaços interiores (paredes, tetos, bancadas, mobiliário e equipamentos similares). A sua estrutura é compósita, incluindo, na base, bio resinas e outros ligantes de componente ecológica.
Os materiais são concretizados em superfícies, apresentando-se nas tipologias de azulejos e mosaicos, chapas, painéis, tampos, testas e portas”. A Mess assenta a sua missão em algo tão importante, como “suprir uma vertente sustentável, alternativa e circular de produtos de revestimento no domínio dos materiais do parque atual, e inovar com uma ‘materialidade’ singular e distintiva em termos imagéticos”.
Destinada aos arquitetos, designers, decoradores, construtores e outros profissionais do ramo, “que carecem de um universo eco consciente de materiais, com vista a integrar planos e soluções arquitetónicas ‘verdes’, a Mess é uma alternativa fresca e bem-vinda, nomeadamente junto de um universo de clientes no âmbito da elaboração de projetos arquitetónicos e de equipamentos interiores.
Para além do design “singular destes produtos e da novidade inerente que representam, desde os processos produtivos à responsabilidade ambiental”, a Mess visa criar notoriedade, “ao divulgar a sua visão ativista contribuindo para o bem comum das gerações atuais e futuras. Há um claro compromisso com o ambiente e uma missão de proteção da comunidade e biodiversidade. Há, por isso, um pensar e fazer circulares, em que a sustentabilidade é mais do que só funcional, pois conta histórias, transmite emoções e cativa o cliente numa lógica quase afetiva de compromisso com o ambiente, em que o processo de produção entra na cadeia de valor e na imagem final do produto”.
As vantagens ecológicas, económicas e sociais que o cliente eticamente responsável encontra ao interessar-se pelas superfícies Mess, passam pela exclusividade, aspeto singular, redução do impacto ambiental, diminuição do consumo de matérias virgens e redução da produção de resíduos.