Por a 18 Julho 2020

Localizado em Copacabana, um dos mais famosos bairros do Rio de Janeiro, o apartamento está localizado num prédio antigo, tal como a maior parte dos edifícios que permeiam o bairro. Aqui moram um casal e, de vez em quando, os dois filhos que estudam fora.

Projeto: Vivian Reimers, arquiteta / Fotografia: Dhani Borges

O pedido dos clientes foi bem específico: espaços sociais aconchegantes, para que todos possam sentir-se à vontade e bem acolhidos. Para isso, a arquiteta Vivian Reimers, responsável pelo projeto, deu início à obra – que durou cerca de três meses, com a integração da cozinha nas salas de estar e jantar, já que a dona da casa gosta muito de cozinhar e a família costuma receber convidados com frequência. 

A cozinha deveria ser capaz de conter todos os equipamentos e utensílios necessários para a preparação e degustação, dispondo de facilidades para o armazenamento de mantimentos e louças para servir a mais de doze pessoas. Outro requisito foi que a ilha central, que serve com móvel de apoio e área de refeição, mantenha os rodízios, para permitir a mobilidade e possibilitar modificar o espaço dependendo da situação.

“Uma exigência importante foi aproveitar a área central do apartamento, disposta como área de televisão, carente de funcionalidade e de luz. Área em que trabalhámos e convertemos em dois ambientes: sala de TV e escritório”, explica Vivian.

Na sala de jantar foi usada uma mesa que comporta até dez pessoas. Contudo, a arquiteta optou por uma solução diferente. “Decidimos implementar, ao invés de uma mesa retangular grande, duas mesas quadradas de 1,50 por 1,50 m dispostas juntas, configuração que permite modificar a disposição do mobiliário dependendo da natureza do evento social. Cabe destacar que foi implementado um espaço pensado para um móvel bar, onde incluímos uma pequena adega de vinhos, assim como outras acomodações para acessórios e objetos de apoio”.

A obra de remodelação do apartamento foi idealizada num estilo contemporâneo, onde se destacam espaços amplos, linhas retas e cores claras como denominador comum nos revestimentos escolhidos. Foi a decoração dos interiores que imprimiu a personalidade ao ambiente. Como a família morou algum tempo em África e tem um acervo importante de peças trabalhadas em madeira e metal fundido, foram estes detalhes, misturados com o mobiliário contemporâneo adquirido para o efeito, os que preservaram a identidade e personalidade da casa.

“As paredes do apartamento não foram pintadas de branco, como costumo fazer. Por solicitude da dona da casa, utilizamos uma cor off-white muito subtil, para destacar o branco das portas, rodapés e alisares”, pontua a arquiteta.


Tendo como destaques paredes específicas, como a do hall de entrada, da sala de estar e a do corredor da área íntima, “nas que utilizámos a cor Mergulho Sereno (escolhida pela Coral como a cor do 2017)“. O tom azul acinzentado que deu um toque especial às peças africanas do acervo da família, trabalhadas predominantemente em madeira e cores escuras ou terrosas. “Combinando, também, com a cor azul dos pratos trazidos do Uzbequistão, com os que decorámos a parede da sala de jantar. Tal como na parede do corredor que dá acesso ao escritório e aos quartos, onde organizámos uma galeria de objetos africanos, misturando portais talhados com máscaras trabalhados em madeira e metal”.

Os moradores decidiram realizar a obra enquanto residiam no apartamento. “Graças à boa disposição dos proprietários e à seriedade e profissionalismo da equipa com a que trabalho, conseguimos acelerar, na medida do possível, o andamento da obra e minimizar os incómodos decorrentes da mesma. No final, eles ficaram satisfeitos com o resultado e eu fiquei muito feliz por ter sido escolhida para a realização deste projeto”, finaliza Vivian.

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