Uma festa de casamento foi o ponto de partida para este projeto de remodelação num apartamento Nova Iorquino. Augusta Hoffman criou ambientes sofisticados e acolhedores para celebrar o amor.
Arquitetura: Augusta Hoffman / Fotografias: Tim Lenz
O ato de celebrar o amor foi a inspiração que Augusta Hoffman agarrou para trabalhar neste apartamento localizado no Upper East Side, em Nova Iorque, localizado num edifício cercado por vários pátios e jardins e com grandes janelas para este enquadramento.
O apartamento pertence à cantora de ópera Fredrika Brillembourg – que divide a sua vida entre Nova Iorque e Berlim -, e o que motivou o projeto foi o casamento do filho e o fato de querer receber a família e os amigos após a cerimónia, num ambiente sofisticado mas também confortável. Para Fredrika Brillembourg, o objetivo era criar o ambiente perfeito misturando algumas das peças significativas já existentes com outras que fossem novidade e assim criar algum impacto.
Augusta Hoffman inspirou-se na cerimónia e criou um bom espaço de entretenimento. Segundo conta a designer de interiores, a sala de jantar do apartamento já tinha uma energia maravilhosa. Aproveitando-a, foram colocados lençóis etéreos em camadas, texturas de madeira orgânica, travertino italiano e couro para suavizar o espaço. “Fomos capazes de simplificar o ambiente para que ele parecesse contemporâneo e fresco, no entanto, mantendo-o confortável e aconchegante”.
Mas naturalmente, também houve desafios. Como a maioria das cozinhas de Nova Iorque, conta Augusta Hoffman, a deste apartamento também tinha pouca arrumação. A solução passou por transformar a despensa numa zona de cafetaria e projetar um armário de vidro para acolher a coleção de cristais e porcelanas da proprietária. Os armários foram pintados de um azul profundo da Farrow & Ball e, com estas intervenções, Augusta Hoffman acredita que conseguiram transformar o espaço numa “caixa de jóias”.
A designer relata a experiência deste projeto como especial, nomeadamente pela oportunidade de trabalhar com a coleção pessoal de Fredrika Brillembourg, que, explica, conta a história da sua família e permitiu criar uma mistura cuidadosa entre elegância e informalidade.
Entre os objetos, destaca a pintura de Georges Rouault entre as janelas da sala; a escultura branca na parede, da autoria de Karin Waisman; a aguarela na sala de jantar, da autoria de Alexander Polzin e o pequeno círculo desenhado na janela da sala, de Ken Wahl.