Os materiais refletem o caráter rural da casa, com telhados de telha, fachadas caiadas de branco e blocos de cimento, permitindo a dualidade entre a arquitetura tradicional e a contemporânea.
Projeto: Cyril Chênebeau Architecte; Fotografia: Aldo Moretti
O projeto está localizado na região de Le Rouret, nos Alpes Marítimos, numa área de paisagem protegida. A casa é acessível através de uma antiga estrada florestal que se estende por um trilho que conduz ao norte, até o Gorges du Loup.
Localizado no ponto de equilíbrio do terreno, numa topografia relativamente suave, o edifício articula-se na geometria do avistado, entre eles um antigo abrigo rural, a sul do terreno, poisado à beira de um carvalho centenário que foi desejado preservar.
O projeto adota uma volumetria simples e uma organização dos espaços em forma de U formando um pequeno pátio interno seguindo a tipologia de uma casa de campo vernacular. O pátio virado a norte oferece sombra, privacidade e calma, e proporciona, ao mesmo tempo, um belo panorama; em primeiro plano, o olival e a piscina, ao fundo, o Gorges du Loup e a paisagem mais ampla.
A casa e a sua piscina regulam e revelam a topografia do terreno de forma flexível sem gerar qualquer remodelação do terreno, integrando-se sem problemas no lugar.
As fachadas leste e oeste estão recuadas 70 cm do solo natural. A piscina foi projetada para ficar um pouco acima do solo e parece simular um grande bebedouro para o gado.
A casa térrea é composta por dois volumes principais: o primeiro volume, com um único telhado inclinado, acolhe as funções de estar com os quartos e um banho japonês com vista para o olival na ala noroeste.
A sul, dois espaços de serviço enquadram um confortável “espaço de estar” que recebe a luz do sul através de um grande pórtico com mais de 9 m de vão.
Um segundo volume, de forma simples, com telhado de duas águas, ligeiramente destacado do primeiro, abriga um belo espaço expositivo para o acervo do proprietário.
Os materiais refletem o caráter rural da casa, com telhados de telha de canal, fachadas caiadas de branco e blocos de cimento, permitindo que a dualidade entre a arquitetura tradicional e contemporânea seja aqui interpretada.