Há novas criaturas do mundo selvagem a habitar – e a colorir – o Praia no Parque, famoso restaurante em Lisboa onde temos de ir, pelo menos, uma vez na vida. Os novos ocupantes estão presentes em vários registos e dão vida um espaço já (re)conhecido pela sua animação.
Fotografia: Foto Gonçalo F. Santos
Esta é a premissa para o refresh decorativo de que o espaço foi alvo recentemente e que se traduz, num primeiro olhar, na presença de uma girafa na barra, um leopardo na cabine de DJ, um pavão (este residente antigo) na entrada e muitos animais extintos no papel de parede que cobre várias superfícies e parte do teto do espaço.
Mantendo os pilares e pórticos em betão dos anos 50 que alicerçam um espaço com tantos anos de história, a NIU captou o instinto dos sócios do espaço e traduziu-o numa atualização estética que vai surpreender todos os que passarem a porta de entrada do Praia no Parque.
Habituada a criar eventos de ativação de marca para empresas como a EDP ou a Sonae na NIU, Joana Santana percebeu que a barra, um dos elementos mais marcantes do edifício, teria de ser habitado por um novo inquilino, uma simpática girafa que espreita a cozinha. De autoria de Filipe Portela (artista especializado neste tipo de figuras de fantasia), esta é uma peça em fibra de vidro que acolhe quem entra.
“O convite que fazemos é: ‘Liberte o animal que há em si’, algo que sentimos que as pessoas sempre fizeram no Praia e que têm cada vez mais necessidade de fazer principalmente depois dos anos de pandemia vividos recentemente. Além do inevitável wow factor, os animais tornam o espaço mais acolhedor e trazem a natureza, ainda que apenas em representação, para o interior”
O exótico papel de parede é da MOOOI, marca de Amesterdão, e está presente em várias zonas do restaurante – da entrada, à sala principal, passando pela esplanada (onde se mescla com as riscas do exterior) – e atua como o fio condutor que veste o espaço, imprimindo-lhe o tom mais doméstico. Os tradicionais sofás em veludo vermelho ganharam um tom ocre, mais terra, e funcionam como o contraste que equilibra a profusão de imagem do papel de parede.
O pavão, símbolo do Praia do Parque, passou a ter um posto de destaque, logo à entrada, e o seu lugar na sala foi tomado por um espelho com moldura em ratã e uma jarra de dimensões generosas com flores naturais.
Como o elemento-surpresa faz parte do conceito (e do sucesso) do Praia desde o início, existem uma série de máscaras com figuras de animais (urso, papagaio, entre outras), destinadas aos colaboradores do restaurante e bar, que poderão invadir o Praia a qualquer momento… E porque a transmissão de mensagens positivas nunca é demais nos dias que correm – além de que ficam sempre bem no feed de Instagram – há duas, escritas em luzes néon, para descobrir no “novo” Praia. Uma convida a explorar o lado selvagem de cada um, a outra remete para a noção de pertença a uma tribo (e cola naturalmente com o conceito de selva). Mais um detalhe de entretenimento que se torna ainda mais especial quando a noite cai.