Por a 21 Fevereiro 2023

Um dos mais recentes projetos da arquiteta parisiense Sandra Benhamou, é este apartamento na Praça Charles de Gaulle. Entre um jogo de brilhos e mates, o projeto foi beber inspiração aos anos 80.

Projeto: Sandra Benhamou / Fotografias: Ambroise Tézenas

No quinto andar de um edifício Haussmaniano, em plena Praça Charles de Gaulle, em Paris, Sandra Benhamou desenhou e reestruturou completamente um apartamento familiar com 280 metros quadrados. Os proprietários, que voltaram para Paris depois de vinte anos a morar em Nova Iorque, trabalham no mundo da alta joalharia, e queriam um espaço sofisticado com uma atmosfera tranquila.

Para começar, a arquiteta transformou a clássica zona de receção original do apartamento, numa imponente sala de estar composta por cozinha aberta, sala de jantar, sala de estar e um amplo escritório. A majestosa entrada foi preservada e restaurada.

As molduras e cornijas, os espelhos envelhecidos, os vitrais e as lareiras de época recuperadas pela arquiteta, foram o ponto de partida para a decoração do apartamento. Para contrastar com este estilo burguês, Sandra Benhamou desenhou peças de mobiliário por medida como o sofá Mia da coleção Ginger, inspirado no ambiente dos bares americanos dos anos 1970; duas mesas de jantar em jacarandá envernizado brilhante; e estantes em latão para combinar com peças de design vintage brasileiro e italiano e uma coleção de arte contemporânea.

Para os interiores escolheu ainda iluminação de Angelo Lelli e Fontana Arte, poltronas de Marco Zanusso, mesas de centro dos designers Erwan Boulloud da Galerie Glustin ou Dan Pollock da Galerie Desprez Breheret, um aparador de Joaquim Tenreiro, uma secretária de Franco Albini e pinturas de Gideon Rubin da Galerie Karsten Greve, entre outras….

De salientar que, Benhamou foi beber inspiração aos anos 80 e por isso, escolheu materiais emblemáticos como latão patinado e inox polido, que se misturam com madeiras exóticas como a teca e o jacarandá, e ainda com o travertino e os espelhos coloridos.

No todo, a multiplicidade de materiais permite um jogo de oposição entre fosco e brilho, opacidade e transparência.

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