Por a 6 Julho 2023

Os 70m2 deste apartamento, em tempos muito compartimentado, transformaram-se e descomplicaram-se dando origem a um resultado envolvente e marcante. Um projeto que usou as cores como aliadas na organização. Saiba como.

Projeto: Gema / Fotografia: João Paulo Prado

Os 70 m2 deste apartamento eram muito compartimentados. A necessidade de o alterar e redecorar – para um estilo mais conceptual e contemporâneo, motivaram uma remodelação que, por sua vez, tinha de exigir um orçamento baixo e resultar numa solução precisa. Difícil? Veremos.

A localização norteou o desenho: localizado numa esquina, perto de uma via de trânsito importante e intensa, com uma boa exposição solar e vista para um jardim e para as suas árvores e verdes envolventes. “Foi a partir destas relações visuais que definimos o projeto”, explicam os autores do mesmo.

Segundo os mesmos, “um eixo, a que foi dado o nome de ‘rio’, desenha o pavimento azul em toda a extensão longitudinal do apartamento, marcando a relação com a cidade”.

Antes compartimentado em ambientes pré-definidos, a remodelação veio abrir e integrar espaços. Foram então demolidas todas as paredes – preservando apenas um dos quartos e o lavabo existentes -, relocalizada a cozinha e organizada uma nova forma de viver e usar este apartamento, mais livre e flexível.

A partir destas ideias e intervenções apareceram as cores como aliadas na organização e perceção do espaço. Azul, lilás, laranja e verde foram os tons utilizados, cada um marcando a sua função. “Fizemos a inserção do piso azul em epóxi, que avança também pelo lavabo e pelo quarto. Sobre o azul aplicámos o lilás no teto, como um reflexo da luz natural e do céu. A cozinha recebeu uma marcenaria discreta com detalhes em cor de laranja e um frigorífico embutido. As três únicas portas do apartamento, pintadas de verde, recebem detalhes de cor: lilás na porta de entrada, laranja na do lavabo e azul na do quarto”, explicam.

Para a iluminação a aposta foi em peças simples fixadas nas vigas, já que a ideia era evitar usar o ponto central dos ambientes. O pavimento de madeira existente é original e foi recuperado. 

A disposição dos móveis surgiu de uma forma espontânea, o piano já esteve em outras posições, a mesa de jantar poderia ter a forma que quisesse, o sofá saiu da posição original, o segundo quarto, que foi integrado, fecha com cortinas.

O resultado é envolvente, delicado e ao mesmo tempo marcante e deu origem a uma casa descomplicada, simples e com um desenho inteligente!

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